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PARTILHA DE LEITURAS

A Rapariga no Comboio,  de Paula Hawkins

A obra A Rapariga no Comboio, da autoria de Paula Hawkins, publicada pela editora Topseler, é um thriller estonteante.
A história deste livro gira em torno de um assassinato. Rachel é uma mulher cuja vida corre mal: foi traída e abandonada pelo ex-marido e está desempregada, a viver em casa de uma amiga, afogando assim as suas mágoas no álcool.
Passa todos os dias, de comboio, por uma casa, onde vê um casal para o qual imagina uma vida. Na mente de Rachel, o casal é perfeito, tendo o casamento que ela nunca teve.
Certo dia a jovem dessa casa (Megan) é assassinada. É a partir daí que Rachel se vê envolvida num caso arrepiante, que dá à sua vida um novo rumo: descobrir quem matou a rapariga.
Este é um thriller de cortar a respiração, que faz a ligação perfeita entre o drama e o policial, repleto de mistérios e de novas descobertas. Nada é o que parece ser nesta obra que se tornou topo de vendas em todo o mundo. 

Ana Marta Pessoa 

A Crónica dos Bons Malandros, de Mário Zambujal

 

Mário Zambujal, através da sua escrita com algumas influências jornalistas, consegue fazer algo de muito notável no mundo da escrita: levar o leitor a mudar a sua opinião e a repensar na ética e nos seus valores morais. Algo que, por exemplo, consigo detectar também na escrita de Vladimir Nabokov. 
Com uma brilhante e bem pensada técnica de contar histórias, Zambujal leva os leitores até à infância e ao passado das nossas personagens cheias de personalidade. Assim como tudo na vida, não podemos criticar e julgar alguém sem antes conhecermos os antecedentes, a história e todos os momentos bons e maus, que juntos criam uma alma, um malandro, uma pessoa. Porque é isso mesmo que Mário nos mostra, todos os malandros no mundo são no fundo uma pessoa, com sentimentos e carências. 
Através de vários episódios diferentes e de carácter pessoal, o autor mostra-nos um lado diferente das personagens, um lado que conseguimos de certa forma relacionar e comparar com a nossa própria experiência empírica da vida. O que torna as personagens cativantes e conquista a nossa simpatia, porque conseguimos pôr-nos no lugar delas e analisar as situações de maneira diferente. 
Pessoalmente, esta não é a minha obra preferida deste autor mas sim, "À noite logo se vê". Obviamente que também a consigo apreciar e deliciar-me da mesma maneira, pois a escrita em conjunto com a história entusiasmante tornam a obra notável. 

Leonor Teixeira

A incrível viagem do faquir que ficou fechado num armário Ikea, Romain Puértolas

O título dá o mote! 
Trata-se de facto de uma história hilariante e rocambolesca, repleta de peripécias inverossímeis que nos surpreendem a cada página. 
Porém, não julguem que é um simples exercício de humor fútil e leviano; não pensem que tem uma escrita banal e estereotipada. Pelo contrário, este romance muito bem escrito surge como uma crítica feroz ao etnocentrismo ocidental que olha para todas as culturas do sul com altivez e desdém, procurando afastá-las o mais que pode. 
Aborda o tema da emigração ilegal de tantos habitantes dos países africanos ou subdesenvolvidos que chegam aos nossos países para fugir a um destino inelutável de miséria e morte para serem tratados com total frieza e falta de humanidade. 
É ainda um apelo à tolerância, ao humanismo e ao rompimento dos preconceitos. 
De facto, é um livro que diverte ao mesmo tempo que faz pensar.

Eduarda Azinheira

Eis alguns exemplos de partilha retirados do blogue:

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